"Descobrimentos e Renascimento" de Luís Filipe Barreto - 2ª Edição de 1983
"Descobrimentos e Renascimento" de Luís Filipe Barreto - 2ª Edição de 1983
Preço: 15 €
"Descobrimentos e Renascimento" de Luís Filipe Barreto - 2ª Edição de 1983
"Descobrimentos e Renascimento"
Formas de Ser e Pensar nos Séculos XV e XVI
de Luís Filipe Barreto
2ª Edição de 1983
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda
Coleção Temas Portugueses
330 Páginas
Como é difícil pensar rigorosamente o nosso século XVI. A todo o momento a distância epistémica está pronta a deslizar para o reino da identidade familiar tornando o passado mera ficção do presente. Uma escrita sobre as escritas de Quinhentos vive uma estrutura de labirinto, uma quase natural inconsciência que facilmente cai no anacronismo fazendo desse lugar outro, não o TEXTO mas o PRETEXTO. Esse obstáculo de tão aparente facilidade e identidade é fruto dum arqueológico acumular de poeiras sobre esse tempo outro. Poeiras ideológicas nascidas de mil e uma leituras retrospetivas que fazem do passado um lugar recuado na linear sequência cronológica do presente. Pensar rigorosamente implica o alcançar da diferença: «Diferença como TEMPORIZAÇÃO, DIFERENÇA como ESPAÇAMENTO» (J. Derrida). Ganhar o sentido a esses discursos outros obriga a suspender todas as mitologias que se abateram sobre Quinhentos. Ultrapassar o obstáculo do anacronismo é marcar a diferença de significado que se esconde por sob a máscara de semelhança do significante. É necessário ultrapassar todas as sintéticas e globais filosofias da História, em torno do ser e destino de Portugal que fazem da História da filosofia e a ciência mero instrumento de apoio à construção ideológica. Vencer estes obstáculos é alcançar o PRINCÍPIO DIFERENÇA, isto é, a possibilidade hermenêutica da significação e interpretação. Obstáculos difíceis de vencer porque recobrem um vasto campo de complexos de inferioridade da sociedade e intelectualidade nacionais.
---
Luís Filipe Barreto é licenciado em História e doutorado em Cultura Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi professor visitante nas universidades de Beijing, Shanghai e Hefei e dirigiu o Instituto de Estudos Portugueses da Universidade de Macau entre Dezembro de 1992 e Dezembro de 1994. Actualmente é Professor Associado da Universidade de Lisboa, integra a Comissão Científica do Centro de História das Ciências Portugal-China e é presidente do Centro Científico e Cultural de Macau.
ESGOTADO NAS LIVRARIAS
CAPA COM SINAIS DE USO PROVOCADOS PELO SOL, MAS MIOLO IMPECAVEL
PORTES GRÁTIS
Formas de Ser e Pensar nos Séculos XV e XVI
de Luís Filipe Barreto
2ª Edição de 1983
INCM - Imprensa Nacional - Casa da Moeda
Coleção Temas Portugueses
330 Páginas
Como é difícil pensar rigorosamente o nosso século XVI. A todo o momento a distância epistémica está pronta a deslizar para o reino da identidade familiar tornando o passado mera ficção do presente. Uma escrita sobre as escritas de Quinhentos vive uma estrutura de labirinto, uma quase natural inconsciência que facilmente cai no anacronismo fazendo desse lugar outro, não o TEXTO mas o PRETEXTO. Esse obstáculo de tão aparente facilidade e identidade é fruto dum arqueológico acumular de poeiras sobre esse tempo outro. Poeiras ideológicas nascidas de mil e uma leituras retrospetivas que fazem do passado um lugar recuado na linear sequência cronológica do presente. Pensar rigorosamente implica o alcançar da diferença: «Diferença como TEMPORIZAÇÃO, DIFERENÇA como ESPAÇAMENTO» (J. Derrida). Ganhar o sentido a esses discursos outros obriga a suspender todas as mitologias que se abateram sobre Quinhentos. Ultrapassar o obstáculo do anacronismo é marcar a diferença de significado que se esconde por sob a máscara de semelhança do significante. É necessário ultrapassar todas as sintéticas e globais filosofias da História, em torno do ser e destino de Portugal que fazem da História da filosofia e a ciência mero instrumento de apoio à construção ideológica. Vencer estes obstáculos é alcançar o PRINCÍPIO DIFERENÇA, isto é, a possibilidade hermenêutica da significação e interpretação. Obstáculos difíceis de vencer porque recobrem um vasto campo de complexos de inferioridade da sociedade e intelectualidade nacionais.
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Luís Filipe Barreto é licenciado em História e doutorado em Cultura Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi professor visitante nas universidades de Beijing, Shanghai e Hefei e dirigiu o Instituto de Estudos Portugueses da Universidade de Macau entre Dezembro de 1992 e Dezembro de 1994. Actualmente é Professor Associado da Universidade de Lisboa, integra a Comissão Científica do Centro de História das Ciências Portugal-China e é presidente do Centro Científico e Cultural de Macau.
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- TipoVenda
- ConcelhoCascais
- FreguesiaCarcavelos e Parede
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