"Cristóvão Nonato"
de Carlos Fuentes

1ª Edição de 1991
Publicações Dom Quixote
Coleção Ficção Universal
552 Páginas

O romance é gestado enquanto Nonato se gesta. Assim, nove partes tem a narrativa e, embora passado, presente e futuro se embaralhem na lúdica percepção do feto, a linearidade de que tanto necessita a lógica humana tem a sua presença assegurada pela sequência do tempo de gestação. Profundamente irónico e desaforado o romance se dá a luz, enquanto põe trevas e confusão na óptica dos colonizados, dos dominadores, e nas próprias crenças que inventam os rituais de celebração do descobrimento da América.

Estamos em 1992 e o céu sobre a cidade de Makesicko está preto com a chuva oleosa e carbonífera. Aqui vivem 28 milhões de pessoas e 128 milhões de ratos. Gangues de jovens sem-teto que falam espanhol - ou anglatl - vagam pelas ruas caóticas e violentas. Observando tudo isso, comentando e refletindo, está Cristóvão, ainda não nascido no ventre de sua mãe. Os seus pais conceberam-no para que pudesse concorrer ao grande prémio Cristóvão Colombo, sendo o primeiro filho nascido em 12 de Outubro de 1992, 500 anos após a descoberta do Novo Mundo...

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Carlos Fuentes (1928 a 2012) é autor de uma vasta obra, que inclui romances, contos, teatro e ensaio, e um dos principais expoentes da narrativa latino-americana. Ao longo da sua carreira recebeu numerosos prémios, entre eles o Prémio Cervantes (1987) e o Prémio Príncipe das Astúrias (1994). Em 2003 foi condecorado com a Legião de Honra pelo governo francês e em 2009 recebeu a Grã-Cruz da Ordem de Isabel, a Católica. Em 2012, postumamente, o governo mexicano decidiu criar um prémio literário com o seu nome.

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