"Cartas a Columbano" de Manuel Teixeira-Gomes - 2 Edição de 1957

"Cartas a Columbano" de Manuel Teixeira-Gomes - 2 Edição de 1957

"Cartas a Columbano"
de Manuel Teixeira-Gomes

Com três retratos do Autor por Columbano

Vinheta da capa de Bernardo Marques

2 Edição de 1957
Portugália Editora
Coleção Obras Completas de M. Teixeira-Gomes
246 Páginas

Estas cartas, escritas em viagem, ao correr da pena, e sem outra pretensão além de entreter o endereçado, deviam, assim mesmo singelas e correntias, ser acompanhadas de um estudo sobre o homem, o artista e a sua obra. Isso daria talvez algum interesse ao livro em que aparecem reunidas. Mas ainda quando me sentisse com pulso para empreender e levar a cabo trabalho semelhante, recusar-me-ia a fazê-lo. E não era somente pelas sérias dificuldades que ele ofereceria, a quem se encontra impossibilitado de rever e considerar novamente a grande quantidade de pinturas, em tão diversos géneros e maneiras, que deixou.

Para escrever desafogadamente acerca do Columbano, não omitindo a rasteira verdade a par da brilhante, seria preciso que eu morresse e ressuscitasse já livre da amizade que lhe dedicava, mas sem a sensibilidade embotada. Escrever agora sobre o homem, sobre o artista, equivaleria a desfazer-me da sua imagem, liquidar recordações que me andam no tesouro da alma, separar-me para sempre de alguém que, por exceção talvez única, a morte não conseguiu afastar da minha companhia.

---
Manuel Teixeira Gomes nasceu em 1860 em Vila Nova de Portimão e faleceu em 1941, em Bougie, na Argélia. Estadista e escritor, começou a sua carreira política como diplomata, vindo a ser Presidente da República em 1923 a 1925, quando o regime parlamentar atravessava alguns dos seus mais críticos momentos. Como diplomata (antes e depois do consulado sidonista, que o expulsou do corpo diplomático), coube-lhe enfrentar, o que fez com êxito, situações de grande melindre e complexidade, designadamente combater a hostilidade ou pelo menos a desconfiança das monarquias europeias (Inglaterra, Espanha) perante o regime republicano instaurado em Portugal e evitar o desmembramento, na Conferência de Paz, do império português após a Primeira Guerra Mundial. A sua acção como presidente da República não teve, porém, o mesmo sucesso, pois teve de enfrentar crises políticas (entre elas a de 18 de abril de 1925) e animosidades pessoais que impossibilitaram a concretização dos consensos que sempre procurou, para além das forças que, através da ação política legal e da conspiração, procuravam derrubar o regime republicano parlamentar.
Na sua atividade literária - da qual se destacam obras como "Gente Singular" (1909), "Novelas Eróticas" (1935) e "Maria Adelaide" (1938) - encontram-se simultaneamente traços esteticistas e naturalistas, bem como uma particular influência da tradição helenística. Todavia, a mais notável constante da sua escrita residirá provavelmente no impulso de transfiguração da experiência pessoal em produtos esteticamente acabados.

ESGOTADO NAS LIVRARIAS

CAPA COM ALGUNS PICOS DE ACIDEZ

PORTES GRÁTIS
Etiquetas: Literatura

Contactar o anunciante

Raul Ribeiro

Raul Ribeiro

Anunciante desde Abr. 2013 PRO
Verificado com 7 166 anúncios publicados Cascais - Carcavelos e Parede
Online agora