"Cadernos da Casa Morta" de Fiódor Dostoiévski - 1ª Edição

"Cadernos da Casa Morta" de Fiódor Dostoiévski - 1ª Edição

Cadernos da Casa Morta - 1 Edição
de Fiódor Dostoiévski


Editor - Editorial Presença
Páginas - 288


Traduzido directamente a partir do russo pelos vencedores do 'Grande Prémio de Tradução Literária APT/Pen Clube Português', Nina Guerra e Filipe Guerra, a Presença publica mais um clássico de Dostoiévski. Cadernos da Casa Morta foi inicialmente publicado entre 1860 e 1862 e reflecte uma realidade quase dantesca, onde presos políticos, prisioneiros de guerra e presos de delito comum, vivem lado-a-lado com homens que perpetraram crimes hediondos. É um mundo absolutamente à parte, uma micro-sociedade com regras próprias onde o quotidiano se reparte entre os trabalhos forçados, os castigos sádicos, a miséria, o mercado negro, o álcool e os pequenos expedientes de que os prisioneiros se servem não só para sobreviverem, mas para usufruirem da ilusão de fugazes momentos de liberdade. Privado de livros e papel, Dostoiévski redige as suas notas em materiais que consegue recolher e que lhe permitem registar apontamentos de um realismo impressionante, a par das suas reflexões pessoais sobre a natureza humana. Escrito em tom confessional, sóbrio e directo, este relato fica, para quem o lê, como um grandioso hino à vida.

Fiódor Dostoiévski foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentayivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.


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Etiquetas: Literatura

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Alexandre M.

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