"A Virgem Vermelha" de Arrabal

"A Virgem Vermelha" de Arrabal

"A Virgem Vermelha"
de Arrabal

1 Edição de 1987
Publicações Dom Quixote
256 Páginas

Fernando Arrabal faz parte dessa tradição estética que quer expressar toda a angústia da condição humana, e que reúne autores como Kafka, Borges, García Márquez e Ionesco, entre outros. Este seu romance, repleto de nonsense e de um estranho lirismo, celebra a vitória das forças obscuras do inconsciente sobre as luzes da razão. A vida, ensina Arrabal, é algo que não nos é dado compreender.
Uma mãe pretende que sua filha seja a Rosa Mística, uma salvadora do mundo capaz de forjar a pedra filosofal e estabelece uma rígida educação para atingir esse objectivo.

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Fernando Arrabal Terán (Melilha, 11 de agosto de 1932) é um escritor, dramaturgo e cineasta espanhol. Vive na França desde 1955, segundo sua definição é um desterrado.

Aprendeu a ler e escrever em Cidade Rodrigo (Castela e Leão), onde vence o prêmio nacional de «superdotado aos dez anos. Realizou seus estudos universitários em Madrid.

Ainda criança sofreu o misterioso desaparecimento de seu pai, condenado à morte e depois fugido. A causa deste trauma, como escreveu o prémio Nobel Vicente Aleixandre, "El conocimiento que aporta Arrabal está teñido de una luz moral que está en la materia misma de su arte" (em português: "O conhecimento que carrega Arrabal está preso a uma luz moral que está na própria matéria de sua arte").

Arrabal foi julgado e preso pelo regime franquista em 1967 devido ao engajamento político de sua obra. Durante seu encarceramento recebeu o apoio de inúmeros escritores da época, de François Mauriac a Arthur Miller, e uma declaração de Samuel Beckett ao tribunal pedindo sua absolvição: Se existe culpa, que ela seja analisada à luz do grande mérito de ontem e da grande promessa de amanhã e, portanto, perdoada. Que Fernando Arrabal seja entregue à sua própria pena.

Após a morte de Francisco Franco, ele foi incluído - ao lado de Santiago Carrillo, la Pasionaria, Líster e El Campesino - no grupo dos cinco espanhóis mais perigosos e impedido de retornar ao país. Anos mais tarde terá reconhecimento na Espanha com uma centena de distinções, dentre elas dois prémios nacionais de teatro. Algumas peças obtiveram grande sucesso como é o caso de Carta de Amor, com María Jesús Valdés.

Dirigiu sete longas-metragens. Publicou quatorze novelas, sete centenas de livros de poesía, vários textos para teatro, vários ensaios e a sua famosa Carta al General Franco em vida do ditador. Seu teatro completo editado nas principais línguas tem sido publicado, em dois volmes de mais de duas mil páginas, na Colección Clásicos Castellanos de España.

Com Alejandro Jodorowsky e Roland Topor fundou em 1963 o Grupo Pânico. É Trascendent Satrape (Pataphysique) do Collège de 'Pataphysique desde 1990. Nos últimos 50 anos, quarenta personaldades receberam essa distinção, dentre elas: Marcel Duchamp, Eugène Ionesco, Man Ray, Boris Vian, Dario Fo, Umberto Eco e Jean Baudrillard. Amigo de Andy Warhol e de Tristan Tzara, participou do grupo surrealista de André Breton: Mel Gussow o considerou o único sobrevivente dos "três avatares da modernidade".

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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