"A Queda de Paris" de Ilia Ehrenburg

"A Queda de Paris" de Ilia Ehrenburg

"A Queda de Paris"
de Ilia Ehrenburg

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598 Páginas

"A Queda de Paris" - tem grande valor para nós. Muitos, mesmo, dizem que não se trata propriamente de romance, mas de um ampla reportagem histórica ou política. Mas é claro, tornando-se um prolongamento ou uma continuação da própria vida, o romance tende cada vez mais a tornar-se reportagem, desdobrando-se no fundo em vários pequenos romances ou novelas, mais ou menos concatenadas, reaparecendo aqui, sumindo ali. Enredo, unidade e progresso, ação romanesca, etc., continuam a servir como critérios na análise de um romance; mas, dia a dia perdem o seu valor lógico e crítico, servindo melhor para autores do passado, tal como o belo o bom gosto, etc., deixando de ter mesmo também muito de seu valor técnico. É essa uma das consequências do romance moderno, dinâmico e em certos aspectos, cinematográfico.

Por isso o romance de Ilya pode ser chamado como quiserem: romance histórico - situa-se na fase que vai de 1935 até à "debacle" da França; social - analisa os diversos grupos operários e dirigentes e põe em evidência a mentalidade de cada um; político - trata da luta pelo poder e da luta pela preservação nacional; "populista" - porque se prende muito à necessidades das massas; e o que mais se queira. O romance contemporâneo, tentando sobretudo reunir muito material e principalmente material humano, torna secundária e sem importância essa questão de categorias. É uma reportagem, e uma reportagem pode ser ao mesmo tempo tudo isso.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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