"A Fenda Aberta" de F. Scott Fitzgerald - 1ª Edição de 1986

"A Fenda Aberta" de F. Scott Fitzgerald - 1ª Edição de 1986

"A Fenda Aberta"
de F. Scott Fitzgerald

Tradução de Aníbal Fernandes

1ª Edição de 1986
HIENA Editora
Coleção Memória do Abismo
80 páginas

A comédia começa em 1920. F. Scott Fitzgerald e Zelda Sayre decidem encenar uma vida a dois, dir-se-ia que inspirada pela mais louca das comédias screwball de Hollywood mas nem sempre lograda, nem sempre atenta aos limites do bom gosto embora exemplo de que ele próprio chamou «idade do jazz» e com direito a muitos ecos na imprensa. [ ] Ao princípio eram os dólares, diria de bom grado a Bíblia preferida de F. Scot Fitzgerald; e ao princípio também eram as histórias escritas para os ganhar, pagas para manter o fôlego a um grande talento na moda. Mas a moda esmoreceu, e com ela o fácil acesso aos dólares; e quando as vitalidades do escritor em crise de êxito público, em crise de matrimónio, em crise de realização literária se diluíram em depressão e no álcool, maus demónios vieram habitar aquele «aquém» de Paraíso e os Fitzgerald (os Fitzgerald em Comédia) chegaram ao fim.

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F. Scott Fitzgerald
Escritor norte-americano nascido a 24 de setembro de 1896, em St. Paul, no estado do Minnesota, e falecido a 21 de dezembro de 1940. Aos 13 anos, escreveu The Mystery of the Raymond Mortgage, uma história sobre um detetive que foi publicada no jornal da escola que frequentava. Depois de ter passado por uma escola católica, ingressou, em 1913, na Universidade de Princeton, mas apostou mais no desenvolvimento das suas aptidões literárias do que a estudar as matérias do seu curso. Em 1917, por exemplo, escreveu argumentos e letras para espetáculos musicais e textos humorísticos para revistas. Como constatou que não ia conseguir terminar o curso, ainda em 1917 alistou-se no exército, onde chegou a segundo-tenente. Na altura, os Estados Unidos da América estavam envolvidos na Primeira Guerra Mundial e Fitzgerald estava convencido que ia morrer em combate. Por isso, escreveu a toda a pressa o romance The Romantic Egoist. No ano seguinte, foi trabalhar para Nova Iorque e, apesar de bem sucedido no mundo da publicidade, Fitzgerald deixou o emprego em 1919 para se dedicar ao romance This Side of Paradise, onde usou material de The Romantic Egoist. Em 1920, finalmente publicou This Side of Paradise, com o qual alcançou um tremendo sucesso. Logo no ano seguinte, publicou o seu segundo romance, The Beautiful and Damned. Francis Scott Fitzgerald e sua mulher entraram, entretanto, numa fase de grandes luxos participando em inúmeras festas, gastando muito dinheiro e acumulando dívidas. Em 1924, o romancista mudou-se para França, onde escreveu um dos seus livros mais marcantes, The Great Gatsby (O Grande Gatsby), que apesar de ter recebido boas críticas foi um fracasso a nível de vendas. Este romance viria a ser adaptado ao teatro e, posteriormente, ao cinema, ganhando outra visibilidade. A versão cinematográfica mais conhecida é a de 1974, realizada por Jack Clayton, tendo Robert Redford por protagonista. Fitzgerald regressou aos Estados Unidos da América em 1931, tendo tentado escrever alguns argumentos para filmes. Contudo, só conseguiu terminar um, Three Comrades, em 1938. Logo depois, foi despedido devido aos seus problemas de alcoolismo. Em 1939, começou a escrever o romance The Love of The Last Tycoon, que nunca terminaria porque morreu vítima de ataque cardíaco a 21 de dezembro de 1940.

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Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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