"A Cor dos Homens" de Fernando Correia da Silva

"A Cor dos Homens" de Fernando Correia da Silva

"A Cor dos Homens"
de Fernando Correia da Silva

1 Edição de 1966
Difusão Europeia do Livro
108 Páginas

O livro que traz como epígrafe belos versos de um poeta negro, Langston Hughes, é dividido em quatro partes de tamanhos desiguais, mas de similar intensidade e subdivide-se em quarenta e quatro pequenos capítulos, quase versículos. O título da primeira parte, ou abertura, é Formoso Rosto; o da segunda, uma espécie de interlúdio, é Cantata; o da terceira é Formoso Sangue; e a conclusão, ou quarta parte é o Requiem. E podemos dizer que o livro todo é um Requiem para um sonho que morreu. O sonho pelo qual o escritor lutou a vida inteira, o da igualdade e da justiça.
O inquieto descobridor de mundos, que vivera 20 anos no Brasil, desde seu romance Mata Cães, de 1987, estava fundamente arraigado no lastro decepcionante deixado pela revolução de 25 de abril, em Portugal, como disse Nelly Novaes Coelho em sua valiosa apreciação daquele livro. E também disse muito bem Mafalda Ivo Cruz quando definiu Correia da Silva como alguém que estava sempre momentaneamente desesperado, mas sempre bem disposto, quando analisou seu romance histórico Lianor. À exemplo de seu próprio personagem Júlio Vera, de outro excelente romance, Querença, o escritor se refugiava no paradoxo, no tom picaresco e no sarcasmo. Em A cor dos homens, no entanto, parece-nos que o tom é mais sombrio, sério, nebuloso e desesperançado como o delírio de seu narrador. Neste romance, a exuberante imaginação de Correia da Silva criou um universo fechado e simbólico onde, em consequência de uma peste misteriosa, algumas das piores mazelas dos animais políticos que somos se exacerbam.

ESGOTADO E RARO

BOM ESTADO - PORTES GRÁTIS
Etiquetas: Literatura

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Raul Ribeiro

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