"A Cor dos Dias" de António Alçada Baptista - 1ª Edição

"A Cor dos Dias" de António Alçada Baptista - 1ª Edição

A Cor dos Dias - 1 Edição
Memórias e Peregrinações
de António Alçada Baptista


Editor - Editorial Presença
Páginas - 228

Autor de quatro romances e uma novela, foi através dos livros de memórias e reflexões que António Alçada Baptista, 77 anos, se afirmou na literatura portuguesa. A sua "Peregrinação Interior" (em dois volumes) ainda hoje é um marco, com sucessivas reedições, aliás como o resto da sua obra. E o próprio Alçada Baptista afirma em entrevista ao JL (29/10/03): "Comecei a escrevê-lo ["A Cor dos Dias"] há quatro anos e tem como base a memória. É mesmo uma espécie de 'levantamento da memória', que para mim sempre foi essencial. Sou um escritor da memória e não da imaginação, muito menos da abstracção." "A Cor dos Dias" insere-se no mesmo registo de " Pesca à Linha"(1998), tem uma "peregrinação interior", memórias do (seu) tempo (e Alçada Baptista conheceu meio mundo, geográfico, já que era um amante das viagens, e da literatura, das artes, da política, ele que editou do que melhor se publicava em Portugal na sua Moraes Editores, que fez a revista O Tempo e o Modo, foi presidente o Instituto Português do Livro, administrador da Fundação Oriente, etc.), e ainda algumas crónicas publicadas em jornais.

Escritor português, nascido a 29 de Janeiro de 1927, na Covilhã, estudou num colégio de Jesuítas em Santo Tirso. Após uma licenciatura em Direito, tirada em Lisboa e concluída em 1950, esteve ligado à edição e ao jornalismo. Foi diretor da revista O Tempo e o Modo (1963-69) e presidente do Instituto Português do Livro. Dirigiu jornais, como O Dia, e colaborou com outros, como A Capital ou o Semanário. Participou ainda em programas de televisão e da rádio, por exemplo, como cronista na Rádio Comercial.
É oficial da Ordem de Sant'Iago e recebeu das mãos do Presidente Ramalho Eanes a Ordem Militar de Cristo, em 1983, e a Grã-Cruz da Ordem do Infante entregue pelo Presidente Mário Soares, em 1995. Foi nomeado colaborador do Presidente Jorge Sampaio.
Profundamente influenciado pelo Cristianismo de pensadores como Emmanuel Mounier e Teillard de Chardin, conseguiu obter com os dois volumes de "Peregrinação Interior" a unanimidade da crítica e do público. Enquanto ficcionista, publicou "Os Nós e os Laços" (1985), "Catarina ou o Sabor da Maçã" (1988), "Tia Suzana, Meu Amor" (1989), "O Riso de Deus" (1994) e "Pesca à Linha - Algumas Memórias" (1998), um livro que se assume como uma obra de memórias, recordações, lucidez e ironia, e à qual não é alheio o profundo sentido afetivo que caracteriza a escrita deste autor. Como cronista e defensor da liberdade Alçada Baptista publicou em Outubro de 2002 "Um Olhar à Nossa Volta", o testemunho de uma vivência coletiva registada na década de 70 e 80 marcada por inquietações político-sociais.

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Etiquetas: Literatura

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Alexandre M.

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