Os Cavaleiros da Távola Redonda Adaptação por Augusto da Costa Dias

Os Cavaleiros da Távola Redonda Adaptação por Augusto da Costa Dias



OS CAVALEIROS DA TÁVOLA REDONDA
Adaptação e actualização da matéria da Bretanha por
Augusto da Costa Dias
Edição: Público Colecção Geração Público
ISBN:8497895010
Páginas: 254
Dimensões: 225x150mm
Encadernação: Capa dura
Peso: 447

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"Os Cavaleiros da Távola Redonda"
Por Raquel Ribeiro
Jornal Público

O rei Artur é uma figura histórica ou o herói que deu corpo a uma lenda? Cabe ao leitor decidir porque Artur é o símbolo da luta incessante do bem contra o mal, da luz contra as trevas.

A questão vem desde o Renascimento, quando a veracidade histórica da figura de Artur era defendida com vigor, sobretudo porque os monarcas da dinastia Tudor traçaram a linhagem até si e usaram essa ligação para justificar a ocupação do reino. Estudos mais recentes reconhecem, contudo, que existiu, de facto, uma figura, no final do século V
e inícios do século VI, que justificou a lenda, mas não um rei com um bando de cavaleiros em luta pela justiça e atrás do Santo Graal à volta de uma távola imaginária, que seria apenas uma tábua
de valores. Mas é inegável a influência da sua personagem na literatura, na arte e na sociedade, desde a Idade Média até hoje (e no século XX, também no cinema). Porque todos os grandes heróis beberam a influência de Artur. E todos lhe imitaram o estilo.

No coração da lenda arturiana está a terra, Inglaterra, intimamente ligada às aventuras dos cavaleiros. O exterior? As montanhas, os vales, os rios, as árvores e as plantas de enorme verdura. O interior? Misteriosa, assombrada por mitos, às vezes lendas que nada mais são do que ficção, às vezes histórias de fantasmas verdadeiros. Às vezes são apenas nomes, como Camelot ou Camlan ou Badon. E até os lugares se colocam muitas vezes em questão serão lenda ou verdade?

A távola redonda

Há também várias versões sobre a origem da távola redonda, à roda da qual o rei Artur e os seus cavaleiros se reuniam para contar os feitos e procurar novas aventuras. O cronista normando Wace foi o primeiro a mencioná-la no seu Roman de Brut, de 1155, onde explicava que Artur criara a távola redonda para prevenir guerras internas entre os barões, que punham em causa a legitimidade do reino Artur era herdeiro de Utário, mas só o feiticeiro Merlim o sabia.

As origens da távola re - montam, em princípio, ao tempo dos celtas, mas em histórias m e d i e v a i s atribuíam a Merlim a sua criação. Mas há mais histórias ligadas aos cavaleiros e a Merlim uma delas é a construção do famoso santuário escocês, Stonehenge. Reza a lenda que foi o pai de Artur que pediu ao seu feiticeiro a construção de um memorial para o seu irmão Ambrosius e os guerreiros britânicos trucidados pelos Saxões no massacre conhecido como a noite das facas longas. Merlim foi à Irlanda à procura de um círculo de pedras que se cria terem poderes curativos se a água em que fossem lavadas fosse usada no banho de doentes. Após a batalha, Merlim reuniu as pedras e por magia atravessou a costa até à Escócia.

Etiquetas: Literatura

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