Introdução à psicologia das Crianças - Emile Planchard

Introdução à psicologia das Crianças - Emile Planchard



INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA DAS CRIANÇAS
- Emile Planchard
2 Edição
Edição : Arménio Amado Editor
Coimbra 1952
Páginas:305
Dimensões: 190x125 mm.
Peso: 283
IS 1543325890
Exemplar em bom estado,sem rasgos, anotações ou sublinhados

PREÇO: 10.00EUR
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CAPÍTULO I

AS CRIANÇAS, ADULTOS EM DEVIR

Os psicólogos têm demonstrado, em matéria da psicologia das crianças, ser, por vezes, mais ignorantes que as mães, em consequência de terem substituído o pequeno ser vivo e concreto, que as mães conhecem tão bem, pela pretenciosa construção de uma criança que só existe afinal como formula. Foram os seus cérebros que a conceberam, e não admira, por isso, que a vida dessa criança seja uma vida abstracta, a sua única realidade uma realidade racional.

A CRIANÇA NÃO É UM ADULTO EM MINIATURA

Durante muito tempo, e ainda hoje para certos homens de ciência que nunca estiveram em contacto prolongado e atento com as crianças, estas foram con- sideradas não só como filhos do homem, o que é exacto, mas também como homenzinhos, o que é muito menos certo. A criança não é um homem em miniatura, e é esta a grande ideia e, ao mesmo tempo, a grande ver dade que a psicologia actual salienta a todo o momento. Para descrever a criança, não basta reduzir escala menor as capacidades fisicas e mentais do adulto, e muito pouco, na verdade, se diz, quando afirmamos que a criança é mais fraca que o homem na sua plenitude. Não é só mais fraca mas também, diferente. Ao tratar de uma criança, temos que nos haver com um ser quantitativamente e qualitativamente diferente de nós mesmos. Evitemos, todavia, ser radicais, Quando se exagera uma ideia justa cai-se, por vezes, no er. Trata-se de uma diferenciação parcial e não de ume oposição absoluta. Embora seja um ser sui generis, a criança não é absolutamente diferente do adulto, Precisamente como um gatito não vírá a ser um grande cão, um pequerrucho só poderá vir a ser um homem. Tal como no pequeno felino ainda inofensivo, as garras e os dentes agudos, a agilidade e a audácia nascente, deixam adivinhar o que o animal vírá um dia a ser, também na consciência débil e hesitante da criança, se pode já reconhecer a sua vocação intelectual e o primeiro esboço da obra que deverá realizar ().

Isso parece uma coisa banal e, todavia, certos sábios, que chegaram a ser tomados a sério, puseram em dúvida esta verdade de senso comum. Não chegaram até ao ponto de dizer que a criança podia transformar-se em macaco isso seria demasiadamente humilhante para a nossa pobre natureza! mas acreditaram que o macaquito criado exactamente como a criança e até na sua companhia constante, poderia atingir o mesmo desenvolvimento e frequentar, mais tarde, a escola primária, quem sabe até se a Universidade... Intelizmente, ou felizmente, o macaco sempre, até hoje, tem recusado essas honras o, na minha opinião, é essa talvez a melhor prova de inteligência que ele nos deu. O macaco possui, sem dúvida, a sua inteligência própria, mas apesar de todos os esforços que se têm dispendido e que ele tem feito, nunca chegou à linguagem convencional, nunca pôde chegar ao símbolo abstracto e nunca resolvem problemas pela aplicação de fórmulas gerais previamente elaboradas.


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