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«Uma espécie de parábola moderna em torno de alguns aspectos da estupidez humana, como a guerra e o ódio racial, bem como um comentário à margem das muitas prisões do homem, como peça da Grande Engrenagem assim definiu Erico Veríssimo este seu último romance.

Não pelas suas dimensões mas pelo vigoroso alento humanista que o anima, não pelo tema mas pela intenção essencial em que enraíza, O Prisioneiro pode colocar-se ao lado de O Tempo e o Vento. Através dele, e embora consciente dos limites práticos da literatura e da acção do escritor, Erico Veríssimo optou por um caminho de intervenção actuante e directa em algumas das questões mais preocupantes para o homem de hoje. «Compreendi há muito, declarou igualmente o romancista, «que não podia continuar sentado à sombra de uma árvore, silencioso e omisso, vendo e sentindo o mundo e as dores do seu tempo através apenas de notícias de jornal. Este romance corresponde a esse propósito, constitutivo, aliás, da missão da literatura. Propósito iluminado, no entanto, por uma consciência que se dirige sobretudo ao humano, sem exclusivismos e facciosismos que o anulam.

Detalhes do livro:
Editora: Livros do Brasil; Colecção: Livros do Brasil; med.: 15 x 21,8 cm; 246 pg.
Estado: Bom