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Antimemórias, é um livro que se abre com uma certa apreensão, cujas primeiras páginas engendram uma estranha expectativa, se desenvolve, rola, pára, por vezes, em longas e profundas análises, mas recomeça num voo leve para finalmente se interromper numa suspensão terrível. É que Malraux esclarece que Antimemórias é o primeiro volume apenas das suas memórias e que os restantes só poderão ser publicados após a sua morte. Uma vez mais, Malraux perante a história e o público, Malraux espelho de uma civilização, de uma França, enfim, generosa e inteligente, mas, também, cruelmente racional e lúcida.
Não se fala de Antimemórias, lê-se. É um livro de preparação, uma preparação essencial, indispensável para o homem deste meio século, herdeiro das contradições e das esperanças de que Malraux é uma das mais brilhantes testemunhas e protagonistas.

Detalhes do livro:
Editora: Bertrand, 1968 (1 Edição); Tradução: Daniel Gonçalves; Colecção Documentos de Todos os Tempos; med.: 16,5 x 21,9 cm; 546 pg.;
Estado: Bom