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Bernardo Santareno: um nome grande do teatro português. Revelado em 1957 com a peça em três actos, «A Promessa, que desde logo o situou na primeira linha dos nossos dramaturgos, mereceu a Jorge de Sena as palavras seguintes: «Poucas pessoas têm tantas qualidades (...) para se perderem ou salvarem, nos pântanos do talento e do êxito, na celebridade das discussões apaixonantes, no vazio total e infernal das obsessões do angelismo. Bernardo Santareno não se perdeu: salvou-se. Afirmou-se. Confirmou-se. Ao longo de uma já relativamente longa carreira de escritor, Bernardo Santareno não desiludiu aqueles que, desde a primeira hora, julgaram ver nele um grande artista e um intelectual de rara lucidez: «O Crime da Aldeia Velha, «O Pecado de João Agonia, «O Judeu, «O Inferno, eis outros títulos que o impuseram à estima e ao respeito da crítica e do público. Em «A Traição do Padre Marinho, Bernardo Santareno, que nunca perdeu de vista os problemas mais prementes e angustiantes do seu tempo, analisa, com extrema inteligência, sensibilidade excepcional e funda ternura humana, as dificuldades de um clérigo cujas injustiças deste mundo e as contradições mesmas da Igreja não podem deixar indiferente. O drama do Padre Martinho vale como símbolo de uma época dolorosa e difícil, bem recente, de que o Portugal de hoje quer separar-se. Definitivamente.

Detalhes do livro A Traição do Padre Martinho, Bernardo Santareno:
Editora: Editores Associados; Colecção: Livros Unibolso; Medidas: 12,2 x 18,4 cm; 185 pg.
Estado: Bom